Bangladesh adota regulamentação para OGMs

AGROLINK - Leonardo Gottems
Publicado em 13/03/2024 às 10:50h.

Em dezembro de 2023, Bangladesh adotou regulamentações para a comercialização de culturas geneticamente editadas, juntando-se a outros vinte países com medidas semelhantes. As regulamentações abrangem tanto culturas transgênicas quanto aquelas melhoradas por técnicas de precisão como o CRISPR, desde que demonstrem a ausência de DNA exógeno ou de outras espécies no produto final. 

O Instituto de Sistemas Agrícolas e Alimentares, em colaboração com várias instituições, promoveu eventos em fevereiro de 2024 para sensibilizar sobre os "Procedimentos Operacionais Padrão (POP) para a Pesquisa e Liberação de Plantas Geneticamente Editadas das Categorias SDN-1 e SDN-2". Esse documento, publicado em dezembro de 2023 pelo Ministério da Agricultura de Bangladesh, estabelece os procedimentos para criadores e instituições solicitarem a confirmação da ausência de DNA introduzido exogenamente em plantas editadas, seguindo um processo semelhante ao usado para variedades convencionalmente melhoradas.

Em 2014, Bangladesh entrou para o grupo de países produtores de organismos geneticamente modificados (OGM) ao introduzir a bem-sucedida berinjela GM Bt. Ao longo de uma década, essa cultura demonstrou eficácia na redução de pesticidas, aumento na produção de alimentos e melhoria na qualidade de vida dos produtores. Em 2023, o país expandiu suas iniciativas com o cultivo comercial de uma segunda cultura transgênica, o algodão Bt resistente a pragas, buscando diminuir o uso de pesticidas, aumentar a produção interna e reduzir importações.

Além disso, Bangladesh está envolvido em um projeto internacional com uma batata transgênica resistente a um fungo problemático, e o lançamento comercial do arroz dourado enfrenta atrasos regulatórios. Essa variedade, adotada pelas Filipinas em 2021, é considerada uma ferramenta potencial para combater deficiências de vitamina A na Ásia.

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