Como o calor pode impactar os trabalhos em campo?

AGROLINK - Gabriel Rodrigues
Publicado em 13/03/2024 às 17:59h.

A quinta-feira (14.03) segue fortemente marcada pela atuação da onda de calor no centro-sul do país. Áreas entre o Centro-Oeste, Sudeste e região Sul, podem ter marcas se aproximando dos 40°C ao longo do dia. 

Por outro lado, a faixa norte do país, especialmente o Nordeste, terá uma quinta com condições de chuvas intensas e abrangentes. Essas instabilidades ocorrem, principalmente pela influência da Zona de Convergência Intertropical (ZCIT)

No centro do país, também são esperadas algumas pancadas localizadas, causadas pela combinação entre o forte calor e um pouco de umidade disponível no ar. 

O ponto de atenção na previsão, é direcionado às lavouras do centro-sul do país,  devido às altas temperaturas e à baixa umidade Essa condição acarreta em uma maior necessidade hídrica das culturas.

Contudo, as lavouras em fase de maturação podem se beneficiar deste tempo mais quente e seco, favorecendo um avanço mais eficiente na colheita.

Região Norte

De maneira geral, as instabilidades podem ocorrer em todos os estados, embora essas chuvas devam ser muito irregulares. As projeções indicam que as áreas mais úmidas ficam no oeste do Amazonas e nordeste do Pará, onde as chuvas podem passar dos 15 mm, de acordo com a média das projeções. Mas vale ressaltar que, pontualmente, esses valores podem passar dos 50 mm. Ao norte de Roraima, a condição de segue com o predomínio de tempo seco, aumentando o risco de incêndio na região.

Região Nordeste

As chuvas devem ser abrangentes sobre a região, embora os maiores volumes devem se concentrar na faixa norte, como consequência da atuação da ZCIT. Áreas do norte do Maranhão podem receber chuvas intensas, com algumas projeções indicando mais de 70 mm pontualmente. Essas instabilidades mais intensas avançam sobre o norte do Piauí, noroeste do Ceará e Rio Grande do Norte . Também são esperadas chuvas localmente fortes na região do SEALBA, onde a umidade marítima contribui com a formação das nuvens carregadas. Apenas o noroeste da Bahia terá uma condição de tempo mais firme no decorrer desta quinta-feira.

 

Região Centro-Oeste

Áreas de instabilidade devem garantir as condições de chuvas sobre o  estado de Goiás e Mato Grosso, com os maiores registros ocorrendo sobre Goiás, onde a média das projeções indicam acumulados entre os 10 e 20 mm. Contudo, pontualmente algumas dessas chuvas podem ser intensas, ocasionando registros acima dos 30 mm. Em Mato Grosso do Sul, as instabilidades podem ocorrer, mas de maneira mais irregular. Ao sul da região, o destaque será às temperaturas extremas, com os termômetros se aproximando dos 40°C.

 

Região Sudeste

A condição de estabilidade – tempo firme – prevalece sobre o estado de São Paulo, devido à atuação de uma massa de ar mais seco. Contudo, pancadas de chuva pontuais são previstas nos setores norte e leste do no período da tarde. Essa condição também é válida para o sul e leste de Minas Gerais, bem como no Rio de Janeiro. Já ao norte de Minas Gerais, as chuvas são mais prováveis, devido à  atuação de uma frente fria oceânica que ainda favorece com a formação das nuvens carregadas no norte do estado. Ainda assim, os maiores acumulados estão previstos para o oeste do estado, com valores na ordem dos 7 a 15 mm. Sobre as temperaturas, esperam-se valores acima dos 37°C no oeste de São Paulo. 

Região Sul

O predomínio do tempo segue sob a influência da onda de calor, que também impede a formação das nuvens carregadas. Embora as instabilidades na Bacia do Prata tenham força o suficiente para avançar no extremo sul do Rio Grande do Sul, o que pode favorecer o registro de pancadas isoladas na fronteira sul. Já em relação às temperaturas, elas permanecem com a tendência de elevação, portanto, mais áreas devem registrar calor intenso nesta quinta-feira.  Assim como os índices de umidade que estão em declínio, resultando no aumento da demanda por água nas lavouras que ainda estão nos estádios de desenvolvimento vegetativo até o enchimento de grãos.

Anterior
Anterior

Brasil aumenta autonomia na produção de fertilizantes

Próximo
Próximo

Bangladesh adota regulamentação para OGMs